Da esquerda para a direita:
1ª fila: Prof. Carvalhais, Sr. Silvestre (101 anos!), Sr. Cerejeira, Sr. Piçarra, Sr. Augusto Calinas;
Topo da mesa: Coronel Vitória;
2ª fila: Sr. Zé Carvalho, Sr. Manuel Dias, Dr. Cosme, Eng. Pinheiro e eu próprio.
Somos, de facto, inatamente, seres sociais. E, porque o somos, há coisas de que não prescindimos, que se nos colam, que aparentando uma mera rotina, um quase cumprir calendário, são muito mais do que isso, são um espécie de um estar necessário, uma espécie de belisque a nós próprios, de que estamos e de que queremos estar estando com outros.
Eis-me a básica razão que me faz correr, sem hesitações e de ânimo alteado, para os, já famosos, almoços das quartas feiras. Lá estou sempre, por vontade própria, sem qualquer obrigação.
Começou esta tertúlia, das quartas feiras, com um grupo de seis, já lá vão cerca de quinze anos: Eng. Mendes Ferrão, (já falecido) Dr. Cosme, Eng. Pinheiro, Zé Carvalho, Fernando Oliveira (já falecido) e Eduardo Pereira (já falecido).
Entretanto, ao longo dos anos, ocorridas algumas saídas, o grupo cresceu, com várias entradas, todas elas por convite dos que estão. Eu, por exemplo, fui um dos que entrei já lá vão sete anos. E, tal como outros convivas, dou por abençoado o convite e digo mesmo, em tese de abono, que nunca falho um almoço.
É que sabem bem aquelas horas de animada convivência. Conversa-se, colhem-se novidades, dizem-se opiniões, põe-se a palrice em dia e, em rescaldo, fica o espírito com calibres para certos enfrentes das circunstâncias da vida.
Ah! E já agora a talho de foice! Em universo de pluralidade partidária, não se evitam discussões políticas. Sem azedumes, em tom sério quando é caso, mas, por vezes, em perfeita galhofeira.
Quem me dera que assim fosse noutros sítios que eu cá sei!...
Nuno Espinal