Isto ontem animou-se. Em comentários, um máximo atingido.
E tudo pelo insulto de um comentário forjado na inveja (é o que deduzimos) e manobrado na covardia do anonimato.
Eis, pois, a politiqueirice na sua expressão mais sórdida e provinciana.
Como já ouvi a alguém, é caso para dizer: politiqueirce de merda, de miolos e sangue no raciocínio, de uma cabeça podre.
Pois é! Mas há quem me diga: estás a dar importância a um episódio ridículo e menor. De facto, hesitei antes de o escrever. Mas a verdade é esta. Sempre acreditei na política. Porque acredito nas ideias e na divergência de ideias como motor da inteligência, do progresso, como imprescindíveis para a conquista do bem-estar.
Evidenciemos, assim, a diferença entre políticos e politiqueiros. O político, no seu sentido mais abrangente, tem uma escala de valores. A sua preocupação será em primeiro lugar, mas também em segundo, terceiro, quarto lugares e por muitos mais patamares, o bem da comunidade, o bem das pessoas. Como não devemos descurar a nossa condição humana não há que negligenciar os próprios interesses pessoais dos políticos. Mas, estes ser-lhe-ão sempre os últimos atendíveis. Com o politiqueiro tudo será diferente. A escala de valores inverte-se na íntegra. Os seus desígnios orientar-se-ão primeiro, e sempre, por interesses e ambições pessoais.
O comentário que ontem veio à estampa no Miradouro é paradigmático. De alguém com mentalidade politiqueira. As frustrações pessoais descarrega-as no ataque público que faz a outros. Sem contemplações, com ataques à imagem e honra não só de um indivíduo mas também de uma Instituição. E o que mais me espanta é o ataque a esta última.
Que desprezível!
Nuno Espinal