Estou em Coja, em bicha de super mercado, outros mais em espera. Há quem fale do tempo, a conversa surge espontânea.
Diz uma senhora, cabelos brancos, bem brancos, da idade: - Quem me dera o tempo de antigamente…a gente sabia com o que podia contar. Estamos no verão, tanto faz este calorão hoje, como amanhã é capaz de chover e fazer frio. Isto dá cabo da pessoa!
Ainda na semana passada acendi a lareira! - Diz um cavalheiro.
Surge uma jovem: - A culpa é deles. Dão cabo da Natureza, do ambiente…temos de nos informar, de nos esclarecer para poder intervir.
Todos aquiescem, sente-se que a “causa” é de militância a que ninguém se furtará.
À noite, dirijo-me à sala da biblioteca local, para uma sessão em que se falará na defesa da natureza, na conservação dos habitats naturais das fauna e flora no concelho.
Presenças na sala: conferencista, gente, meia dúzia, do apoio técnico, duas jornalistas, em cobertura ao acontecimento, vereador da cultura e esposa e… eu. Cadeiras, muitas, vazias.
Alguém compreende?!...
Nuno Espinal