Ontem houve festa em Vila Cova. E festa no seu sentido mais sigular, porque em toda a sua simplicidade de meios, o que contou foi a presença de cada um e a sua envolvência na confraternização com os outros.
E em nada forço esta ideia. Eu, por exemplo, estive na rua da Capela de S. Sebastião. Cada um que levasse o que calhava. A festa de era a da vizinhança da rua, uma confraternização de amigos, em torno de uma mesa em que pontificavam as sardinhas assadas, não estivéssemos nós em data de comemorar um dos santos populares. E para que a tradição fosse invocada, um fogueira de rosmaninho a fumegar aromas, daqueles que dizemos ser bem das nossas infâncias.
Foi bonito! E o mesmo se terá passado na “Praça”, aqui com um leque mais alargado de convivas, com uma quase metade de presenças a falar línguas de outros lugares, gente estrangeira, claro, que gosta de se envolver nestas coisas tão populares. O que torna tudo, para mim, ainda mais bonito.
Para o ano haverá mais. De acordo, que venha um pouco de música. Sempre ajuda à alegria, à festa. Mas não compliquem, um ou outro acordeão, umas gaitadas, se possível, umas misicatas que sejam simples nos meios. Que jeito faria o velho “concerto”. Lembram-se do Sr. Augusto? Que saudades!
Por favor, não sofistiquem. Se o fizerem estragam tudo.
Nuno Espinal