Vila Cova em gastronomia tem que se lhe diga. Para além do “bucho”, da “tigelada” e do “arroz doce”, como produtos de eleição, há também o requeijão e o queijo. E para quem destes últimos desconfia, então não há como procurar nas provas o devido esclarecimento.
Localiza-se na zona da “Do Raro”, é assim que ao local chamam, logo à saída de Vila Cova de quem vai para Avô, uma queijaria artesanal, que fabrica um excelente queijo de ovelha, de muito sabor e qualidade, que, logo aos primeiros paladares, nos toca prazenteiramente a língua.
Há também o requeijão, no tempo dele, claro, que é uma verdadeira delícia a recordar sabores antigos.
Por isso quando se dispuser a uma passeata até Vila Cova não se esqueça. Antes, aconselhamos-lhe uma visita aos monumentos da terra e um passeio pelas suas ruas típicas, de reminiscências medievais. Depois leve consigo o queijo e o requeijão da Dª Natalina, que o receberá na queijaria da “Do Raro”.
Já agora leve também um bucho, o famoso bucho de Vila Cova, da produção do Sr. Vasco Cruz.
Quanto ao arroz doce e tigelada, em dias de festa, não faltarão na casa de cada um. Não são produtos de comércio, é certo, mas se os quiser provar não há uma única alma que lho negue, estou disso convencido.
E já que nesta doçaria falo, aqui vai uma dica. A Santa Casa tem uma “cozinha” que é um mimo. A chefe das cozinheiras, Dª Lizete, é exímia. E em arroz doce e tigelada é imbatível.
Por tudo isto amigos, dos muitos predicados que se lhe reconhecem, Vila Cova é também gastronomicamente superior. Como dizia outro dia um cidadão inglês, que de passeio na região foi, por este manjares, bafejado – Vila Cova? “Number One”…
Nuno Espinal