publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 31 Maio , 2009, 02:10

 

Olhada aqui, olhada ali e…tau! A velha telefonia, velha, velhinha, ali estava, na loja de arrumos empilhada, parecia mesmo fitar-me, em jeito provocador, a beliscar-me velhas recordações.
Fui no engodo e aconteceu o inevitável. Perdi-me em desfilares de momentos, recordações a recuarem-me o tempo, ali para meados dos anos cinquenta.
 
E lá recobrei a velha Emissora Nacional, a voz de Artur Agostinho, relatos do Benfica Sporting, a ansiedade do resultado da Briosa, a Volta a Portugal em Bicicleta, os ídolos Alves Barbosa e Ribeiro da Silva, a selecção de hóquei, fados e mais fados, a grande Amália e ainda Hermínia e Berta Cardoso, os serões para trabalhadores e por aí fora.
 
Claro havia a censura e também a propaganda que apregoava Salazar, Salazar, Salazar, mas eu, de tão garoto, disso nada sabia, eram coisas de que não me apercebia.
 
A rádio, isso sim, é que era mesmo um fascínio. E criava-me fantasias, ilusões, espicaçava-me a imaginação, alava-me no fádico até.
 
Um dia, nem sei em que programa e a propósito de quê, o locutor saiu-se com esta: "as localidades de Vila Cova de Alva, Barril e Anseriz vão brevemente homenagear o seu pároco, Januário Lourenço dos Santos."
 
Foi uma surpresa, fiquei louco, corri incontrolado a apregoar a quem me pudesse ouvir: A Emissora falou no Sr. Prior, a Emissora falou no Sr. Prior!...
 
E tinha carradas de razão. O Sr. Prior elevado ao patamar dos outros. De gente de outro mundo. Igualzinho, na importância, a um Salazar, a um Artur Agostinho, a uma Amália Rodrigues…
 
 
Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 30 Maio , 2009, 17:14

Ordem de Trabalhos:

 

Ponto único:

 

Análise e deliberação sobre a pretensão do Município de cedência de parte do nosso terreno contíguo ao Edifício do Centro de Dia, na sequência do nosso pedido de alteração da linha de água, vulgo "Ribeira"


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 30 Maio , 2009, 00:23

Foi submetido a uma  inervenção cirúrgica, nos HUC, o Sr. Vasco Cruz, proprietário da Empresa de Produção do Bucho de Vila Cova.

O Sr. Vasco Cruz encontra-se em franca recuperação e brevemente regressará a casa.

Desejamos-lhe continuação das melhoras.

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 29 Maio , 2009, 02:24

 

O escritor Joaquim Leitão, nascido no Porto em 1875, era filho de vilacovenses. Notabilizou-se com muitas obras publicadas, de entre elas uma de título “Val d’Amores”, que é um conjunto de contos, editado em 1930.
Dos contos de Val d’Amores, um deles, “Para Quem Vier”, tem todo o trama desenrolado em Vila Cova, com referência a locais e personagens do habitat e universo humano vilacovenses.
A leitura deste breve e comovente conto foi para mim uma emoção. Mas foi também um exercício de imaginação, quando pincelei mentalmente cenas e imagens vividas em meados do século XIX, período em que é presumível ter-se passado todo o enredo do conto.
Passo a publicar, hoje e em próximas edições, para os leitores do Miradouro, alguns trechos desse conto, e num deles realço, pela curiosidade, a referência ao “teixo” da Senhora da Graça, árvore considerada por botânicos como das mais antigas senão a mais antiga do concelho.
Um impulso levou-me, de imediato, a fotografar a árvore. E nas lucubrações fantasiosas a que o conto me levou, recuei a princípios de 1900 e fixei-me numa foto desses tempos da Família Figueiredo, em pose na Fonte da Senhora da Graça, com um aparente poço em primeiro plano, mais tarde transformado em pequeno lago, que ainda hoje se mantém.
Eis o trecho do conto:
/…/
“ O melro continuava a gozar-se imprevidente a manhã, assobiando a sua área vagabunda.
O milhafre firmou bem o ponto donde vinha a desgarrada, baixou o olho para o seu poiso, tornou a fitar o loureiro canoro. Medida a distância, retesou as pernas, empurrou a serra, disparou voo contra o estudado ramo, e, passando em flecha, arrebatou nas garras o desprevenido cantor.
Subiam no azul amanhecente a sombra rapace e a presa, quando três trovões saíram da garganta de um homem que descia à várzea. Atordoado com os sonidos daquela verdadeira trompa de caça soprada por furacão, o rapinante largou cobardemente o melro. O homem de voz estentorosa pegou nele, ameigou-o, meteu-o entre o peito e a camisa de estopa, e assim que o viu mais animadito, restituiu-o ao seu viver boémio.
Moças que lavavam no rio, mal o homem lhes passou ao alcance, interpelaram-no:
-Ó ti’ João Antunes! Assim está tão arrenegado?...
Contado como destrocera o caminho daquelas aves raptoras, uma rapariga comentou, as mais todas a rir.
-Olha o milagre! Até nó estremecemos quanto mais o milhano. Vocemecê tem um arcaz que nem o teixo do convento…”
/…/
 
 
Nuno Espinal
 
 
 

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 27 Maio , 2009, 23:24

 

O Complemento Solidário para Idosos é uma prestação monetária integrada no Subsistema de Solidariedade do Sistema Público de Segurança Social, destinada a cidadãos nacionais e estrangeiros com baixos recursos. É uma prestação diferencial, ou seja, é um apoio adicional aos recursos que os destinatários já possuem, destinada a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos. O requerimento para candidatura ao CSI é obtido e entregue em qualquer Serviço de Atendimento da Segurança Social ou das Lojas do Cidadão. No caso de cidadãos residentes na freguesia de Vila Cova, podem, para este efeito, utilizar os serviços da Técnica de Assistência Social da Santa Casa de Misericórdia.
A atribuição do Complemento Solidário para Idosos depende da apresentação de uma candidatura à Segurança Social. Para ter acesso ao Complemento Solidário para Idosos é necessário que o candidato demonstre reunir as condições exigidas para a sua atribuição, as quais lhe poderão ser esclarecidas pela Técnica de Assistência Social.
 
Telefone dos Serviços Sociais da Santa Casa: 235729505

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 27 Maio , 2009, 10:05

Dias 12, 13 e 14 do próximo mês a Câmara organiza mais uma edição da “Feira das Freguesias”, acontecimento este em que cada freguesia do concelho exibe aquilo que de melhor a deve representar, tanto em gastronomia como em cultura.

Cabe este ano ao Grupo Desportivo Vilacovense ser o representante da nossa gastronomia, pelo que irá exibir na “tasquinha” que lhe for atribuída os pratos que melhor caracterizam as iguarias culinárias da freguesia.

Vale a pena visitar a Feira. E valerá muito a pena ir até à “tasquinha” do nosso Vilacovense e apreciar a arte e sabor dos nossos pratos. E depois, como parte da receita reverterá para o “mealheiro” do Vilacovense não há que hesitar. A “tasquinha” da freguesia de Vila Cova vai-nos ter por certo como cliente. A nossa gastronomia e o Vilacovense bem merecem.

Nuno Espinal

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 27 Maio , 2009, 09:01

 

“A partir d’agora vai ser sempr’áviar”…
Era assim que se expressava um músico, pouco antes da partida, Domingo passado, da Flor do Alva para a localidade de “5 Vilas”, na freguesia de Figueira de Castelo Rodrigo. E com razão. É que a Filarmónica tem agendados muitos concertos que a vão preencher em muitos dos fins de semana que se seguem até Outubro.
E, ano após ano, o nome de Vila Cova lá vai continuar a ser dignificado pela qualidade e postura dos músicos desta quase centenária Flor do Alva, que é bem o orgulho de todos nós.
 
Força aí rapaziada!

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 26 Maio , 2009, 23:20

Como é tradicional, foi entregue ao Provedor da Santa Casa de Misericórdia a verba de 51,05 Euros, referente ao peditório da Missa do dia 3 de Maio, dia de Santa Cruz, realizada na Igreja do Convento.
Por deliberação de dirigentes daquela Instituição, a verba será utilizada na reparação de vidros de janelas da Igreja do Convento que se encontram partidos.

publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 26 Maio , 2009, 07:38

Há uma diferença substancial na atitude, comportamento e modo de vivência societários da Vila Cova de há uns quarenta, ou mais anos, para a de hoje. Não tem, todavia, sentido procurar uma resposta sobre o que de melhor ressalta da comparação de uma época e de outra, face a circunstâncias próprias, que muito se diferenciam.  
Compreende-se, contudo, que os mais velhos recordem com saudade e até empolgamento os seus tempos de meninice e juventude e que nas memórias que evocam rejubilem o passado e menosprezem o presente.
Foi esta reacção, basicamente sentimental, a de algumas das senhoras mais idosas do Centro de Dia quando, em conversa, me enalteceram os festejos de São João, em tempos da sua mocidade, já lá vão mais de sessenta anos.
Nesses tempos Vila Cova era uma terra muito menos aberta com o exterior, a viver quase exclusivamente da agricultura, com o triplo da população e em que a percentagem de juventude era incomparavelmente superior à de hoje. As festas eram organizadas, aparte os foguetes, com recursos exclusivamente caseiros e a participação de pessoas era muito superior, o que à partida conferia desde logo uma outra animação.
Mesmo a propósito, pudemos aceder a um texto que foi publicado numa Comarca de Arganil de 1931, em que o entusiasmo, alegria e colorido estão patentes na imagem que ressalta do próprio programa de festas de S. João daquele ano:
“Vila Cova, 7 de Junho - Prometem revestir desusado brilhantismo os tradicionais festejos de São João, que se realizam nesta vila nos dias 23, 24 e 25 do corrente. O programa é o seguinte: Dia 23, às 12 horas, início dos festejos com uma girândola de foguetes, dando a Filarmónica Flor do Alva volta às ruas da vila; às 21 bailes e descantes populares, pau encebado e concerto pela nossa música até à 1 hora. Dia 24, às 5 horas, alvorada com 21 foguetes; às 9 a Banda Flor do Alva percorrerá as ruas da vila para juntar os andores a as ofertas; em seguida sairá a procissão da Igreja Matriz para a Capela do Alqueidão, onde se realizam os actos religiosos que constam de missa cantada e sermão, findo o que se arrematarão as ofertas; durante a tarde venda da flor por gentis meninas, executando a Flor do Alva trechos do seu vasto repertório; às 18 horas, procissão do Alqueidão para a Igreja Matriz; às 21 arraial com as diversões da véspera , queimando-se um vistoso fogo de artifício e havendo iluminações à veneziana e à moda do Minho; dia 25 grande «pic-nic» de confraternização no pitoresco local dos Carvalhos do Alqueidão.”
 
Nuno Espinal

publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 25 Maio , 2009, 09:08

A “Alerta”, e refiro-me ao grupo ambientalista que opera na nossa região, pela intenção que manifesta e pela prática que revela, mereceria uma maior consideração e até dimensão do que as que efectivamente possui.

Integrando no seu quadro de dirigentes alguns portugueses é, contudo, em residentes estrangeiros que alicerça a sua principal massa crítica e operativa, responsável pelas suas actividades e realizações na área do ambiente.

A consciência e atitude cívicas, advindas da socialização que emerge da cultura em que nos envolvemos desde o berço, são referências essenciais para uma militância clara e participativa na Associação “Alerta”.

Daí, por certo, a explicação da menor participação de autóctones em actividades da “Alerta”, não tão sensibilizados para as questões do ambiente. 

São por isso imprescindíveis associações como a “Alerta”, que são um contributo fundamental para essa sensibilização e para a participação em acções ligadas à defesa do ambiente.

 

O comunicado que publicamos, na parte que julgamos essencial, que nos é enviado pela Associação “Alerta”, insere-se numa acção programada para a zona de Tábua. O Miradouro mostra-se uma vez mais disponível para a divulgação deste, ou qualquer outro texto, vindos da “Alerta”, pelo grande valor e importância com que reputamos aquela Associação.

 

Cooperaremos sempre com a “Alerta”, especialmente em acções levadas a efeito na nossa freguesia, reforçando até, neste caso, a nossa participação.

 

 

Nuno Espinal

 

 

“Comunicado:

 

O Bar Cultura KAPINGBDI e a Associação Ambiental das Beiras “ALERTA” organizam um dia de limpeza.

A ideia é recolher lixo com voluntários, no dia 10 de Junho nas bermas das estradas e nos pinhais. Estão a ser convidadas crianças para, no dia 13 de Junho, fazerem esculturas deste lixo, que vão ficar expostas durante algum tempo no Parque de Estacionamento do Kapingbdi.

No dia 10 de Junho encontramo-nos no Bar Cultura Kapingbdi às 10:30, na estrada EN 337-4 em Barras, Tábua. Ali, a associação ambiental Alerta fornece alguma coisa para beber e comer. Durante duas a três horas recolhemos lixo.

No dia 13 de Junho, às 16:00 horas as crianças podem fazer esculturas com o lixo, sob supervisão e com ajuda das pessoas profissionais.

Se gostou da ideia e quer actuar como voluntário num destes dias, por favor contacte KAPINGBDI (movimentosdinamicos@gmail.com) ou no bar Kapingbdi mesmo, ou Associação Ambiental ALERTA (assalerta@gmail.com) antes do dia 8 de Junho, mencionando o dia que quer participar e com quantas pessoas.

No dia 13 de Junho à noite, no bar Kapingbdi, haverá um churrasco, para o qual deverá inscrever-se com antecedência caso esteja interessado em comparecer.”

/…/

 


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