Enquanto se ultimam os últimos retoques nos 12 carros alegóricos que amanhã percorrerão a Estrada de Vila Cova, em cortejo que terá maior incidência presencial e temporal nos sítios “frente à casa da música” e nas “tílias”, as noites de 20 e 21 são de encontro no “bar da música” em S. Sebastião.
Chamam-lhes noites de “baile à moda antiga”. Mas de bailes à moda antiga nada ou pouco têm. Os presentes limitam-se a conversar e a beber, sem excessos, é bom referir, mas baile nem vê-lo. Tocam alguns músicos, retratando o saudoso “concerto”, a aparelhagem sonora, nos intervalos, difunde “música ao jeito “pimba” e de resto passa-se a noite em tagarelice, de quando em quando ouvindo-se umas gargalhadas, sinal de que a boa disposição impera e, acima de tudo, o tempo que percorre a noite dá para uma agradável e saudável confraternização.
Óptimo, comentar-se à e se quisermos dar um acrescento, em aparato sociológico, podemos referir: está cumprida a função, a Sociedade Filarmónica Flor do Alva, organizadora do evento (conforme o termo que está na moda) adequa-se institucionalmente a uma das suas finalidades, que são a promoção da harmonia e do convívio.
E assim, até o título deste lúdico acontecimento poderia ser outro. Por exemplo: “A pretexto de um "baile à moda antiga", uma noite de convívio.”
Nuno Espinal