
A história do “Ti Zé da Laura”, de contornos trágico-cómicos, teve um desfecho feliz. Como feliz foi o rescaldo das vivências, nestes episódios da Guerra 1914-1918, dos irmãos (na foto) António e Albertino Nunes Mota. Também viveram peripécias bélicas em França (passe o eufemismo) como combatentes na 1ª Guerra Mundial, regressando, contudo, ilesos, apesar dos perigos porque passaram.
O Sr. António Nunes Mota (pai do Sr. José Nunes Pereira da Fonseca) foi alfaiate em Vila Cova, tendo posteriormente transferido a sua oficina de trabalho para Lisboa. Já seu irmão Albertino manteve-se ao serviço das Forças Armadas, tendo incorporado a Banda Musical do Exército. Após a reforma militar foi mestre da Flor do Alva.
Mas, guerras são guerras e nem todos têm sorte igual. A morte foi o destino de um soldado vinhozense. A Comarca de Arganil noticiava numa das suas edições de 1917:
“Morre em França o primeiro soldado do concelho de Arganil, António da Silva, de Infantaria 23, Natural de Vinho que tinha embarcado para França em 23 de Fevereiro de 1917”.
Nuno Espinal