Dos vários comentários, entre as muitas conversas que testemunhei, no rescaldo do III Capítulo, um há que retive porque sintetiza, no que me pode parecer, a apreciação global do que se passou em Vila Cova.
Dizia alguém: “escolher um local que tenha o carisma de Vila Cova para o próximo Capítulo não vai ser tarefa fácil. Correu tudo tão bem que a fasquia ficou muito alta”.
Houve, de facto, uma boa organização, com tudo pensado ao pormenor. Mas, se esta vertente foi um dos méritos dos organizadores, a principal razão do êxito conseguido estará na grandeza dos monumentos de Vila Cova e na beleza natural da terra. Dizia o Jornal de Arganil, em título: Confraria obriga pessoas a olharem para património vilacovense.
Foi este o grande propósito dos organizadores do Capítulo, ou seja, o enfoque nestas preciosidades que são os monumentos e no pitoresco da vila, referidas, pelo Presidente da Câmara como “jóias” do concelho. Os cortejos dos confrades ligaram propositadamente Igreja Matriz, Misericórdia, Pelourinho, Igreja do Convento e Senhora da Graça. Num tão pequeno espaço é surpreendente a grandeza de tanta história. Há no entanto que dar à “história” a dignidade que nos deve merecer. A degradação dos monumentos requer acções urgentes. Talvez que a visibilidade a que Vila Cova esteve exposta, neste III Capítulo, possa vir a ser um ponto de partida. A ver vamos, o que nos vai reservar o futuro. Ainda que o futuro, o da recuperação e requalificação do património de Vila Cova, também sejamos nós, vilacovenses, que o tenhamos de construir.
Nuno Espinal