A Flor do Alva está em grande. No Sábado, em Vila Cova, foi presença quase constante nas várias cerimónias do III Capítulo da Confraria do Bucho. No Domingo, preencheu uma parte substancial do programa de festividades dos Bombeiros Voluntários de Coja. Exibe-se em várias vertentes, num ecletismo digno de realce, até pela própria qualidade que exibe. Desde a sua tradicional vocação, como Banda Filarmónica, até ao agrupamento de sonoridades de “Jazz Band”, que exibiu na Senhora da Graça, na propriedade da Casa de Convento, a Flor do Alva mostra-se ainda como grupo coral (para quando a aprendizagem vocal polifónica?), e como mini orquestra, com os mais velhos a interpretarem instrumentalmente uma velha melodia do cancioneiro popular.
Saliente-se o excelente naipe de tubas e o bom apontamento dos trompetes de vara. De resto, tudo funciona dentro do desempenho a que já nos vamos habituando.
Uma palavra para os homens da percussão ligados à bateria. Os progressos são evidentes e devem ser tanto mais realçados quanto as fontes de aprendizagem são resultado de um esforço, em muito, autodidacta. Há aspectos, contudo, que podem ser melhorados. Os “breaks”, devem surgir por chamamento natural, em momentos adequados, de forma a criar ligações entre espaços que conduzem a silêncios instrumentais ou que resultam de um pulsar quase intuitivo. Com o tempo este aspecto há-de ser percebido.
Um destaque muito especial para o Maestro Ricardo Calado. Excelente a direcção musical, a criar empatias entre executantes e público.
Parabéns a todos.
Nuno Espinal