Os números da emigração portuguesa, em especial no terceiro quartel do sec. XX, são impressionantes, já que se estima que cerca de 1,5 milhões de portugueses terão abandonado Portugal. O fenómeno desta emigração externa foi pouco vincado em Vila Cova, ainda que nos anos cinquenta e sessenta alguns vilacovenses, com incidência em núcleos familiares, tenham tomado o rumo de África, em especial Moçambique e África do Sul.
Esta diáspora vilacovense foi para a maioria temporária, porque a quase totalidade regressou. Já o mesmo não se dirá de alguns dos filhos já nascidos na África do Sul, ou que para lá foram muito novos. Estão lá radicados e assumem-se cidadãos daquele país.
Os regressados vieram por causas próximas variadas, ainda que o regresso tenha estado sempre nas suas ideias. De entre eles referenciam-se António Santos e José Caetano, (na foto, nos anos sessenta, algures na África do Sul).
A partir de início da década de oitenta a emigração tem-se manifestado de forma muito acentuada, mas quase exclusivamente interna, dispersa por todo o país, com fixação preferencial em Lisboa e Coimbra.
Nuno Espinal