Tenho falado, por telemóvel, com José Raimundo diariamente. Conversas breves que o tempo, nesta coisa que é o tele, custa dinheiro. Mas nem é preciso mais que um minuto ou pouco mais. José Raimundo dá-me alguns tópicos, os bastantes para que os acontecimentos do dia fiquem suficientemente relatados. O entusiasmo ressalta-lhe das palavras e reforça-se na ênfase com que diz: “Estamos todos encantados, isto fica para a história da Filarmónica e das nossas vidas…”
De quando em quando solta uma gargalhada. Sabe? - diz-me com rir contagiante. “Consta aí em Vila Cova que apanhámos ontem uma borracheira de poncha”. E prolonga a gargalhada, apenas quebrada quando lhe pergunto: “Mas não será que alguém a apanhou mesmo, Sr. Raimundo?”
“Qual quê…foi apenas um boato. O pessoal sabe comportar-se. Não passou mesmo de um boato…Sabe? Isso afinal é mesmo Vila Cova no seu melhor…”. E lá surge a gargalhada a que eu não resisito em sintonia.
O dia foi passado em passeio, com Porto Moniz e Calheta em destaque. Locais paisagísticos, o mar sempre em fundo.
“Que deslumbramento!” – remata José Raimundo.
À noite houve comemoração de aniversário, o 45º da acompanhante Margarida Fernandes, com músicos da Flor do Alva, ao jeito do saudoso “concerto”, a darem apoio instrumental aos “parabéns a você”.
Claro, que meteu bolo e um ambiente composto de boa disposição e animação, que o próprio sorriso da Margarida (nas fotos) elucida, tanto mais que para acréscimo do seu contentamento contou com a companhia e afecto dos filhos.
O que será o programa de amanhã, com as alterações já verificadas, acaba por ser uma incógnita. Certo, certo, parece ser o concerto que a Flor do Alva vai dar no centro histórico da cidade. E a certeza de que a boa disposição e animação vão continuar.
Nuno Espinal escreveu o texto.
Fábio Leitão enviou as fotografias