Apregoa-se a pacatez de Vila Cova e de repente, como em golpe de cartola, entra-se no mês de Agosto e zás: Vila Cova enche-se de gente. Aconteceu este ano, fenómeno verificado um pouco por todo o lado, nas aldeias à nossa vizinha.
Será um retomar de hábitos antigos?
Este ano, pelo menos, assim parece. Vê-se gente de fora, um pouco por todo o lado, nas “tílias”, no “café da Zira”, no “café do Albano”, no “chafariz de S. Sebastião”. À noite grupos passeiam-se, desafiando alguma friagem, já que o Verão 2008 não se deu a grandes calores.
Mas, nesta gente vinda de fora, permito-me a um realce dos mais jovens. Parafraseando revistas em voga deste nosso luso society, aí estão eles como modelos incontestados de “gente gira”.
Mais discretos, talvez, que os do meus tempo, mas a encherem de cor e vida espaços, por vezes algo dormentes, desta nossa Vila Cova.
Ontem organizaram-se, passaram a ponte e juntaram-se, com alguns de cá, no rio, na zona dos lavadouros.
Munidos quanto baste de “comes e bebes”, fizeram a sua festa. Dá gosto vê-los. E eu, na minha epidérmica rememoração, observo-os e quase morro de saudades…
Nuno Espinal
Fotos: Joana Martinho