Esta madornice no dia a dia é de quando em quando alvoraçada por alcovitices que espontânea ou premeditadamente circulam a velocidade galopante.
E quando de política local ou autárquica se conversa, então o característico vazio ideológico conduz a um total enfoque no pessoalismo, gerador de enviesamentos relativamente a factos e protagonistas.
É assim em Vila Cova e, será assim, em quase todo o lado.
Mas, acontecem agradáveis excepções. Ainda ontem fui surpreendido pelo discurso ocasional de alguém que em cavaqueira expunha pontos de vista. Defendia, com fundamentos, a regionalização. Falava, com conhecimento, das regiões plano. E corajosamente ia mais longe. Vila Cova freguesia? O Barril freguesia? Anceriz?
"Qual quê!" – refutava.
"Tenham-nos mas é no sítio e acabem com esta palhaçada. O país poupará dinheiro porque já não são tantos a mamar…"
"O povo? Se o povo estará de acordo? Qual povo! – retorquia. O povo só na altura dos votos e quando vota é quase sempre enganado…"
Quem é este homem, esclarecido, lúcido e de visão abrangente?
Alguém que não é ninguém! Só pode.
Nuno Espinal