É sempre assim.
Juro que não, que não me vou envolver, mas não consigo.
Em Europeus e Mundiais é um sufôco.
Mal a selecção dá o pontapé de saída e tufa!
Lá vem o nervoso miudinho.
E o sofrimento em crescendo à medida que a equipa avança.
Em 2004, então, cheguei mesmo aos limites.
Portugal-Holanda, meias finais, estava em Vila Cova.
Decidi libertar-me.
Peguei num livro, chamei os cães, meti-os no carro e caminhei sem destino.
Fui parar ao Colcurinho.
Nem viv’alma.
Silêncio total.
Até que…um clamor, uma vibração.
Liguei o rádio do carro.
Tinha sido golo de Portugal.
Afinal, nem ali…
Nuno Espinal