publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 24 Fevereiro , 2008, 00:16

Esta foto é de meados dos anos 50. As sensações que me provoca entregam-me a um número variado de adjectivos. Por exemplo, terna, divertida, saudosa, exemplificativa de uma época.
Reparem no ar compenetrado dos Cruzados. Pegar no Pendão e nas Borlas era uma honra que enchia de orgulho os nomeados. Esta honra coube daquela vez (da esquerda para a direita) ao Manuel António da Fonseca, ao Quim Espinal e ao Oliveira Alves.
Presumo que a procissão, que estava no início da sua caminhada no Adro, enquadrasse uma das cerimónias religiosas de um 8 de Setembro. Será?
Para podermos referir outros pormenores, inclusivamente os nomes de todos os que na imagem se visualizam, tornaremos a publicar muito brevemente a foto.
Entretanto, ficamos a aguardar a vossa ajuda.
 
 
Nuno Espinal
 

publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 23 Fevereiro , 2008, 21:53

In “Diário das Beiras”
 
 
Plano Estratégico Intermunicipal Em Marcha
 
Os municípios do Pinhal Interior Norte, que reúne concelhos de Leiria e Coimbra, vão apresentar dentro de duas semanas um plano estratégico que aposta no turismo para combater a interioridade e a desertificação existente, anunciou o presidente da autarquia de Ansião, Fernando Marques.
No final de uma reunião de vários autarcas da região, Fernando Marques, revelou que o "plano estratégico vai ser apresentado em Março", procurando "enquadrar uma estratégia de desenvolvimento comum" aos vários municípios que compõem esta nova estrutura. A Associação de Municípios do Pinhal Interior Norte foi criada em Janeiro, obedecendo aos critérios do novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e reunindo os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande (distrito de Leiria), Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares (distrito de Coimbra). A "trave-mestra do plano é aproveitar aquilo que temos de comum e valorizar as florestas ou o turismo" como formas de inverter a desertificação de muitos concelhos. Este plano estratégico vai "enquadrar as candidaturas ao QREN", respondendo assim a um pedido nesse sentido da Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, explicou o autarca. Do plano constam ainda "parques empresariais e parques temáticos ou estratégias de valorização de produtos locais", explicou Fernando Marques, que destaca ainda a aposta em novos centros educativos, acabando com as escolas em edifícios isolados, bem como a conclusão de alguns equipamentos desportivos.
 
 
 
Nota do Miradouro:
 
Pena é que nestas intenções de promover o turismo, Vila Cova vá continuar a ser ignorada. Condições impares e potencialidades turísticas que nunca foram consideradas por quem, nesta área, tem responsabilidades. O desinteresse não é de agora. Tem percorrido as sucessivas edilidades concelhias.
Por eles, Vila Cova, é mesmo das localidades mais desprezadas do concelho.
 

publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 23 Fevereiro , 2008, 01:36

As férias escolares de Verão, as chamadas férias grandes, eram, para aquela malta estudante dos anos sessenta, sinónimo de um destino irrecusável: Vila Cova. 
E que férias!
Acabados os estudos vieram os empregos, os casamentos e outras opções de vida que determinaram, para quase todos, outros destinos que já não Vila Cova.
Um ou outro, por infelicidade, já nem ao reino dos vivos pertence.
Esta foto é de um tempo, desse tão fantástico tempo, que deixou muitas saudades.
 
 
Na foto: (de baixo para cima) Lúcia Trindade, Rogério Telmo (falecido) Eduardo Caldeira (falecido) e Quim Espinal. (No último plano, da esquerda para a direita): Zaida Fonseca, Nuno Espinal, Misa Trindade, Zé António Fonseca (neto do Careiro)  e António Gabriel de Almeida (Toneca).

publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 22 Fevereiro , 2008, 22:50
Espero que o Dr. Nuno Espinal não se zangue comigo. É que todas as publicações do “Notícias” são sempre por ele introduzidas. Só que, para qualquer eventualidade, eu também tenho o código que acede à introdução de peças e fotos. E foi o que aconteceu com este apontamento. Digitalizei esta foto que ele deixou, por um mero acaso, pousada na secretária, colhi, sobre ela, algumas informações que ele próprio, sem desconfiar das intenções, me prestou e zás: aqui está a foto com a respectiva legenda.
Os “meninos” são o Dr. Nuno com o irmão, Quim Espinal, (no meio) habitual interventor no “Nas Tílias À Conversa”, com os pais, a vilacovense Dª Adelaide Espinal e o Dr. Alberto Espinal, na altura Juiz em Faro, cidade onde foto foi tirada, em 1951
E pronto! Fico a aguardar a reacção.
 
 
Carla Marques

publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 21 Fevereiro , 2008, 23:57

 

Propõe o Presidente da Junta, Sr. Alfredo Lourenço, para Vila Cova os seguintes nomes de rua, sujeitos, obviamente, a alteração:
 
1ª         Rua da Meda
2ª         Rua do Miradouro (sai da curva do café do Vasco até ao cabo do muro)
3ª         Rua das Flores
4ª         Rua do Forno
5ª         Travessa do Ribeiro (ou Rua do Alecrim) ruela onde mora o Zé Leitão
6ª         Rua do Ribeiro (da Praça até às Tílias)
7ª         Travessa do Arco (sujeita a iluminação)
8ª         Rua da Fraga
9ª         Rua da Ladeira do Rio
10ª       Travessa da Ladeira do Rio (ou da padaria), onde está a casa que foi da Igreja
11ª       Beco da Igreja (ou Beco do Adro) (da Rua do Adro ao Zé Pinto)
12ª       Travessa do Passadiço (da casa do Mário ao fundo da Praça
13ª       Rua da Junta de Freguesia (da Estrada 342ª até ao 1º cruzamento)
14ª       Rua do Vale da Fonte           (do Chafariz até ao Vale da Fonte)
15ª       Rua do Calvário (do 1º cruzamento até ao pinhal grande)
16ª       Rua de S. Sebastião (da rua do Calvário até à capela de S. Sebastião)
17ª       Rua dos Pinheirais (da rua do Calvário até à Quinta dos Pinheirais)
18ª       Rua dos Olivais (da estrada 342 até ao cruzamento do outeiro do moinho)
19ª       Rua do Pinhal Grande (do outeiro do moinho até ao respiro da água)
20ª       Rua da Rotunda (ou Rua do Prado) (da ponte à rotunda)
 
O Miradouro transcreve na integra os termos da proposta tal como publicamente foi apresentada.  
 

publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 21 Fevereiro , 2008, 23:25
A intenção e o gesto funcionam num todo. Instantaneamente. Aberto o PC e após um breve relance à caixa do correio, de imediato busco o "Miradouro de Vila Cova do Alva", sempre na ânsia de encontrar velhos amigos ou, saber novas das suas gentes, das suas vivências ou das suas Instituições. Mas, o quotidiano de Vila Cova não pode, felizmente, trazer todos os dias à "estampa" factos ou notícias. E digo felizmente porque, na simplicidade de uma aldeia com as suas características, haver todos os dias motivos para notícias iria, naturalmente, quebrar a qualidade da sua pacatez.
Mas também, felizmente, de tempos a tempos, lá surgem relatos de vivências que, pela auréola luminosa que os envolvem, fazem de Vila Cova do Alva um lugar de eleição. E logo me enterneço e emociono pelas lembranças que me acodem de imediato. Do ano e meio que aí vivi, da família que, na voragem da vida, nos foi deixando, de tantos e tantos episódios que a frescura da idade nos fez viver intensamente, de sabores tão inigualáveis, etc., etc.
As pinceladas coloridas, eivadas de romantismo e poesia, retratadas pela sensibilidade da Drª Zita (que me perdoe a informalidade) são a fiel imagem daquela Vila Cova que, quem por lá passou, mesmo que fugazmente, jamais esquecerá. É um desfilar de cores, experiências e recordações que percorrem a memória e se anicham no coração. E também das suas gentes, que na riqueza da sua simplicidade ficarão eternamente guardadas no baú do meu peito. São imagens tão intensamente vividas e gravadas tão no fundo do meu ser, que me esmagam a alma de uma doce saudade.
Obrigado pois por mais esta linda tela.
Obrigado também pela referência que faz à sensibilidade do meu irmão, que a proximidade dos laços familiares me impede de enaltecer.
Obrigado Vila Cova.
Ó Vila Cova do Alva,
Trago-te no coração...

Um abraço do
Quim Espiñal

publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 21 Fevereiro , 2008, 01:41

Texto e Óleo S/ Tela de Nazaré Pereira (Drª Zita)

 

Nada podeis contra o amor,
Contra a cor da folhagem,
Contra a luz, nada podeis…
 
In “Frente a Frente”
Eugénio Andrade
 
 
 
Das quatro estações do ano a Primavera é a única feminina. Garrida, enfeita-se de variadas cores e perfuma-se de agradáveis aromas; do seu ventre brota vida depois de um longo sono de Inverno. Tudo floresce, tudo nasce depois de nidificar.
Há poucos dias, no passeio habitual que faço para os lados de Sintra, ao virar de uma curva, a Serra apareceu-me inesperadamente toda coberta de um manto de flores amarelas – as azedas como lhes chama a criançada. Era o anúncio da Primavera!
Inexplicavelmente, a tampa do meu “cofre das memórias” abriu-se noutras Primaveras.
Qual Cinderela, o meu cómodo automóvel transformou-se num ronceiro comboio a carvão e depois numa não menos ronceira e incómoda camioneta que me conduziram para uma outra Vila, distante, que não aquela em que principiara o passeio.
A viagem no velho comboio a carvão (donde saímos todos enfarruscados) foi feita toda de pé, no corredor, para nada perder do que a Mãe Natureza nos ofertava. Os cabeços dos montes apresentavam-nos um lençol roxo de rosmaninho e urze, de vermelhas papoilas e de douradas azedas, tojo e pascoinhas. Um festival de cor e de cheiros!
Também a Natureza quisera participar na festa que se aproximava, vestindo-se de roxo –  a “Paixão” e de amarelo e vermelho – a “Ressurreição” para a Vida.
Em Coimbra, a viagem prosseguiu de camioneta. Os solavancos eram mais de muitos, caímos de buraco em buraco, ma o desconforto era superado pela alegria do regresso ao seio natal.
De Coja a Vila Cova, as giestas brancas e amarelas e o tojo e carqueja bordejavam a estrada, numa sinfonia de luz e cor, cuidadas pelas mãos amorosas do Sr. Alfredo “Cantoneiro”, que amava o que fazia. Disso tenho a certeza pois, quando o meu pai partiu, numa tarde em que o meu marido e eu nos encontrávamos no minúsculo jardim da nossa casa em Vila Cova, ele aproximou-se de nós e disse – Vão continuar a cuidar delas, não vão? Enternecedor. Gente de bem, a nossa!
Uma travagem levou-me à realidade, ao meu natural meio de transporte e também à lindíssima e romântica Sintra.
Mas é com alegria e saudade que guardo recordações (como a que apontei) das férias, de Páscoas passadas na minha terra.
Nessa época seria incómodo lá chegar – longos e maus caminhos e estradas que nos sacudiam de alto a baixo – mas sentíamo-nos recompensados porque a Mãe Natureza, engalanando-se toda, recebia-nos de braços abertos dando-nos as boas-vindas. E hoje? É tudo mais simples, mas o que encontramos é terra queimada.
 
 
É com prazer que tenho visto no “Miradouro” belas fotografias de Vila Cova.
A “Terra é que é fotogénica” no dizer, modesto, do seu Autor.
É verdade.
Mas o amor, a sensibilidade e a mestria pertencem a quem as realiza.
Parabéns amigo Nuno Espinal.

publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 19 Fevereiro , 2008, 23:30

Uma habitual visitante do Miradouro, jovem, há que dizê-lo, de forma simpática e educada, criticou-nos referindo que prezamos mais objectos do que pessoas. E isto a propósito de quê? De uma notícia que publicámos, Domingo passado, sobre a “bateria” que passou a fazer parte do património cultural da Flor do Alva. Gostaria a jovem que, em vez da bateria, tivéssemos antes apresentado a fotografia dos jovens que a irão tocar.
Claro que para nós a crítica não teve razão de ser já que a intenção da notícia era mesmo destacar a existência daquele instrumento, pela sua novidade e até como símbolo de modernismo e que no actual contexto da formação da Filarmónica virá a ter como executantes os jovens David Coelho e Bruno Santos. Isto mesmo lhe explicámos e a nossa simpática visitante, sem dificuldade, acabou por connosco concordar. Sem dificuldade, pensávamos nós, porque já com o diálogo terminado, não deixou de comentar:
“Bom está bem, mas nada impede que tivessem publicado também a fotografia dos dois…”
E lá se foi com um sorriso atrevido, um tanto provocador.
Achei-lhe piada e no fundo, mesmo no fundo, acabei por lhe dar uma certa razão.
É que o Miradouro, para Vila Cova, pretende privilegiar isso mesmo. Uma mostra das suas histórias, das suas gentes.
Pois, assim sendo, aqui vai a foto.
 
 
 
Nuno Espinal

publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 18 Fevereiro , 2008, 23:17

"In Diário de Coimbra"

 

 

Mais de 200 bombeiros combateram dois incêndios florestais de grandes proporções que atingiram ontem os concelhos de Miranda do Corvo e de Arganil, cujo combate foi muito dificultado pelo vento forte que se fez sentir, anunciou o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.
/…/
Durante a noite, um outro incêndio deflagrou, às 03H03, no concelho de Arganil, na zona de Chãs Grandes, mobilizando 73 bombeiros, de dez corporações, com 17 viaturas.
Foi circunscrito às 06H18, mantendo-se no local os Bombeiros de Arganil, em operações de vigilância e rescaldo, adiantou o CDOS de Coimbra. Felizmente, que a chuva chegou durante o dia de ontem para pôr fim a uma situação que já começa a preocupar. Quer no que diz respeito aos incêndios fora de época e às suas consequências, quer no que respeita à falta de água nas albufeiras e barragens.

publicado por Miradouro de Vila Cova | Segunda-feira, 18 Fevereiro , 2008, 18:07
Ao princípio da manhã de hoje, faleceu nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde estava internado desde a passada terça-feira, o Sr. Hélio Rodrigues Cortês, vítima de doença prolongada.
O Sr. Hélio, como era conhecido, era natural de Viseu e residia em Casal de S. João, para onde veio muito novo trabalhar.
O Funeral realiza-se amanhã, às três e meia da tarde, para o cemitério de Vinhó/Casal de S. João.
 
 
Notícia de António Tavares

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