Uma habitual visitante do Miradouro, jovem, há que dizê-lo, de forma simpática e educada, criticou-nos referindo que prezamos mais objectos do que pessoas. E isto a propósito de quê? De uma notícia que publicámos, Domingo passado, sobre a “bateria” que passou a fazer parte do património cultural da Flor do Alva. Gostaria a jovem que, em vez da bateria, tivéssemos antes apresentado a fotografia dos jovens que a irão tocar.
Claro que para nós a crítica não teve razão de ser já que a intenção da notícia era mesmo destacar a existência daquele instrumento, pela sua novidade e até como símbolo de modernismo e que no actual contexto da formação da Filarmónica virá a ter como executantes os jovens David Coelho e Bruno Santos. Isto mesmo lhe explicámos e a nossa simpática visitante, sem dificuldade, acabou por connosco concordar. Sem dificuldade, pensávamos nós, porque já com o diálogo terminado, não deixou de comentar:
“Bom está bem, mas nada impede que tivessem publicado também a fotografia dos dois…”
E lá se foi com um sorriso atrevido, um tanto provocador.
Achei-lhe piada e no fundo, mesmo no fundo, acabei por lhe dar uma certa razão.
É que o Miradouro, para Vila Cova, pretende privilegiar isso mesmo. Uma mostra das suas histórias, das suas gentes.
Pois, assim sendo, aqui vai a foto.
Nuno Espinal