publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 22 Novembro , 2007, 23:49
 
   

Há duas figuras ímpares na recolha de dados sobre a história de Vila Cova: Carlos Gabriel e Padre Januário Lourenço dos Santos. E há todo um trabalho a fazer-se na junção da documentação histórica, por eles produzida, que se encontra dispersa em apontamentos, muitos deles publicados em jornais, a fim de ser feita a respectiva sistematização.
Há quem refira que muitos escritos do Padre Januário, sobre investigação histórica de Vila Cova, foram levados pela família após a sua morte. Eu próprio fotografei alguns pormenores das escavações que o Padre Januário fez na área da Capela do Alqueidão, nas quais colaborei com os manos Mesquita Leitão, há mais de trinta anos. Essas fotos, por exemplo, estavam na posse do Padre Januário, no seu escritório da Casa Paroquial, segundo ele próprio me referiu não muito tempo antes da sua morte. Ora, a ser verdade que a família levou esses escritos e demais documentação da história de Vila Cova, há que tentar que os mesmos sejam devolvidos à comunidade vilacovense. O Presidente da Junta, como legítimo representante da comunidade, teria aqui um papel fundamental a desempenhar.
É que um Povo sem História é um Povo sem Memória. Não deixemos apagar a Memória.
 
 
 
Nuno Espinal

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 22 Novembro , 2007, 11:57

 

 

 

IC6 deixou de ser uma miragem
Acabou-se a miragem. O lanço do IC6 entre a Catraia dos Poços e o “Poço do Gato”, limite dos concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital, vai ser realidade nos finais de 2009. O anúncio foi feito ontem pelo secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, em Tábua. A obra vai arrancar antes do Verão

O que é prometido é devido e o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, quis provar ontem que assim é. Depois de, em 2005, numa deslocação ao concelho de Tábua, ter anunciado que adjudicaria em breve o projecto de execução do IC6, o governante vai agora, de uma penada, anunciar, o lançamento do concurso público do troço entre Catraia dos Poços e o Poço do Gato – na fronteira do concelho de Tábua com o de Oliveira do Hospital, e ainda a adjudicação da empreitada de construção da primeira fase da variante a Tábua. Obras no montante total de 80 milhões de euros, que têm como objectivo melhorar os acessos a uma região do país que, segundo Paulo Campos, esteve «esquecida durante muitos anos» em termos de infra-estruturas rodoviárias.
«Tenho-me deslocado com frequência ao distrito de Coimbra, porque esta era a região com menor taxa de execução do Plano Rodoviário Nacional», afirmou o secretário de Estado, empenhado que tem estado desde o início em alterar esta situação e em colocar esta região em pé de igualdade com outras regiões do país. Com a concretização destas obras, «terminou a fase de isolamento destas terras», adiantou, considerando que, além de aproximar as populações aos principais eixos rodoviários do país, as novas acessibilidades vão proporcionar «melhores condições de circulação nas nossas estradas», porque «como é sabido, a sinistralidade rodoviária é um problema sério e assim estaremos também a poupar vidas», defendeu Paulo Campos.
Orçado em 66,5 milhões de euros, o troço do IC6 que vai agora avançar tem uma extensão de 17 km, e terá inicio, segundo as previsões das Estradas de Portugal, no terceiro trimestre do próximo ano. A obra deverá ser retomada na Catraia dos Poços - onde termina o troço que foi concluído há já alguns anos - e termina no chamado “Poço do Gato”, no limite do concelho de Tábua com o de Oliveira, prevendo-se a sua conclusão em finais de 2009. O traçado inclui várias obras de arte, entre as quais quatro viadutos com «uma certa magnitude», prevendo ainda a ligação a Tábua através da construção da segunda fase da Variante, o que implica a construção de mais 5 km de estrada. Refira-se que a primeira fase foi ontem adjudicada, num valor de 13, 5 milhões de euros, iniciando-se na ponte sobre o Mondego, contornando depois a norte a vila de Tábua.
Paulo Campos garante que se trata do maior investimento público realizado nesta região, nos últimos anos, e só não vai mais longe, nomeadamente com o IC6, porque «não existiam estudos disponíveis» que permitissem avançar com a obra, apesar de considerar este «um avanço extremamente significativo». As propostas de traçado de ligação à Covilhã – com passagem por Oliveira do Hospital e Seia - estão já em fase de consulta pública, esperando--se também para breve uma decisão. Também nesta fase «o nosso compromisso se mantém inalterado, logo que termine a consulta pública lançaremos mãos à obra, para não perdermos mais tempo», assegurou ainda Paulo Campos, mostrando-se «feliz» não só como governante, mas também como «conterrâneo» da Beira Serra, por ter cumprido com as promessas. O governante começou a sua visita à região com uma passagem pela Lousã, onde “tomou o pulso” ao andamento da Variante a Foz de Arouce, tendo depois assinado um protocolo com a Câmara de Góis (ver página17).

“Anseio de anos e anos”

O presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ivo Portela, agradeceu por sua vez todo o empenho do secretário de Estado nestes projectos que, como fez questão de lembrar, eram um «anseio de anos e anos» da região.
«Acabou-se a miragem, passamos a ver a realidade», afirmou satisfeito o edil, não só com a concretização da variante à vila, mas também com o anúncio do IC6 que, na sua opinião, é fundamental para um desenvolvimento sustentado da região. «Há muito tempo que não ouvia um investimento tão grande na região de uma só assentada», sublinhou Ivo Portela, entendendo que mais importante do que discutir por onde vai seguir agora o itinerário complementar é «começar a obra, pois em começando os autarcas e todos os agentes rapidamente se entenderão em relação à ligação à Serra da Estrela e à A25».
Também o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, Mário Alves, realçou a «vontade política» demonstrada pelo secretário de Estado das Obras Públicas ao concretizar uma velha reivindicação dos oliveirenses, lançando agora a «primeira pedra» de uma ligação há muito «aguardada».  

 

 

Margarida Prata


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