No Diário de Coimbra
“Gang do alcatrão” aterroriza no distrito
GNR está investigar um grupo, alegadamente liderado por um cidadão irlandês, que andará a ameaçar pessoas para que paguem quantias avultadas em dinheiro por um trabalho de alcatroamento que não contratualizaram Um grupo de indivíduos, supostamente liderado por um cidadão de nacionalidade irlandesa, andará nos últimos tempos a aterrorizar várias pessoas um pouco por todo o distrito de Coimbra, ameaçando-as de morte e chegando mesmo a agredi-las violentamente se estas não lhes pagarem a quantia exigida. O “modus operandi” é quase sempre o mesmo. Sem contacto prévio e, na maior parte das vezes, aproveitando a ausência dos proprietários, invadem literalmente habitações, e, sem qualquer autorização, iniciam um trabalho de alcatroamento das entradas ou dos acessos às casas, sob pretexto de lhe ter sobrado alcatrão de uma obra ou de uma estrada. As pessoas chegam a casa, vêem o trabalho a ser realizado e, apesar das várias tentativas, não conseguem impedi-los de continuar com a “obra”, uma vez que os funcionários parecem estar proibidos de falar com os proprietários e a única pessoa que o faz é o tal suposto cidadão irlandês que, por ser estrangeiro, alegará dificuldades em entender a língua portuguesa para não se alargar na conversa. Na maior parte das vezes, o líder do grupo dá ordens para o trabalho se realizar, sem dar quaisquer satisfações aos donos das respectivas habitações. Apenas no final da “obra” realizada, o líder do grupo pede quantias avultadas em dinheiro pelo serviço, ameaçando as vítimas de morte, intimidando-as com armas, se as pessoas não pagarem a quantia exigida. A actuação destes indivíduos foi detectada, segundo o que o Diário de Coimbra conseguiu apurar, em diversos concelhos do distrito de Coimbra, sendo já várias as pessoas, ao longo dos últimos meses, a serem “burladas” e ameaçadas por este grupo de que se desconhece, para já, a proveniência. Contactadas as autoridades, fonte da GNR confirmou a existência de, pelo menos, um caso no distrito de Coimbra que está neste momento a ser investigado. Haverá outro, com contornos idênticos, mas ainda não está provado de que se tratarão dos mesmos indivíduos, continuou a mesma fonte. Seja como for, com o mesmo “modus operandi”, já terão sido detectados outros casos pela GNR, nomeadamente, na zona do Alentejo. A mesma fonte, que admitiu poderem existir outros casos no distrito sem que tivesse havido qualquer queixa às autoridades, confirmou que a GNR se mantém atenta às movimentações do grupo em causa e que os casos estão a ser acompanhados e investigados. |