publicado por Miradouro de Vila Cova | Domingo, 30 Setembro , 2007, 01:34
Há mais de quarenta anos, quando então estudante passava férias em Vila Cova, a segunda quinzena de Setembro, já vivida na expectativa do regresso às aulas, era infalivelmente envolvida no ambiente das vindimas.
 
Recordo-me bem da azáfama desses dias, grupos de homens e mulheres no corte de cachos, cestas à cabeça prenhes de uvas, carros de bois de canastras cheias, depois a “pisa”, por pés calejados das rijezas do dia a dia.
 
O ar lavado da vila inundava-se, então, de cheiro a uva, a mosto, a vinho. Era toda uma atmosfera fascinante.
 
Depois, durante anos, as circunstâncias da sorte levaram-me a vivências bem diferentes e das vindimas nem rasto.
 
Porém, há cerca de dez anos, tornei aos meus velhos lugares em que o mosto é parido. E tudo tão mudado! Menos vinhas, muito menos, as cestas substituídas por “poceirões” plásticos e transportados em atrelados de tractores. Desapareceu toda a azáfama antiga, desapareceu a pisa por pés descalços e hoje é a maquineta que se encarrega do esmagamento da uva.
 
Enfim, tenho que confessar uma certa nostalgia desses tempos. Mas que fazer, há o progresso, claro. 
 
Pois então, encham-me lá um copo de vinho e do novo. E, pelo progresso, cá vai um brinde…
 
 
 
 
Nuno Espinal
Era então assim…mulheres, cestas à cabeça, da vinha à adega.
Hoje… são poceiros em atrelados
Nas vindimas já não há trabalho a soldo. Famílias e amigos em partilha, em solidariedade. Uvas apanhadas, mosto a fervilhar...trabalho feito - eis a confraternização!

publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 29 Setembro , 2007, 15:39

 

Nome: Luís Coelho Batista.

Pois é. Não fosse a foto e quantos leitores o identificariam  só pelo nome?

Mas, acrescente-se a alcunha e logo dirão: ah!, claro, o "Manjerico"!

Não sabemos quem foi o autor da alcunha. Mas quem o fez soube o que fez. Não acham? Para um sorriso tão "curtido" e uma pose tão "malandra" que melhor epíteto?

E só por pose tão simpática, o nosso amigo já justifica a notícia. Mas, hoje ainda há mais. É dia do seu aniversário. Nada mais, nada menos do que 70 anos de idade. Que viva muitos mais. E um grande abraço de Parabéns da equipa do Miradouro.

Nuno Espinal


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sábado, 29 Setembro , 2007, 03:11

 

Não deixou de me intrigar que na Procissão comemorativa de Nossa Senhora da Natividade fosse o andor de Nossa Senhora do Encontro a integrar o cortejo. Compreendo que a imagem da Senhora da Natividade, que se encontra na Igreja Matriz, a sobrelevar o altar, pelo seu tamanho e peso é incomportável de ser transportada em Procissão. Mas, sendo a Natividade uma associação à Vida que sentido faria a presença de um andor da Senhora do Encontro, que está associada à Paixão e Morte de Cristo?
 
Foi-me, entretanto, dada a explicação: é que, antes da chegada do Padre Cintra, foi o Padre António, da Moura da Serra, que, em Vila Cova, passou a oficiar as cerimónias religiosas. Confrontado, num 8 de Setembro, com a impossibilidade de a imagem da Senhora da Natividade ser incorporada na Procissão, decidiu o Padre António solucionar essa falta com uma outra imagem de Nossa Senhora, independentemente da invocação que fizesse. Alguém sugeriu a Senhora do Encontro. Que seja, terá dito o Padre António. É sempre Nossa Senhora, acrescentou. E assim passou a ser…
 
Sabemos que, entretanto, alguém se dispôs financiar a aquisição, para a Igreja de Vila Cova, de uma Nossa Senhora que invoque a Natividade e seja adequada ao transporte em andor. E assim sendo, a imagem da Senhora associada à Paixão e Morte de Cristo deixará de ser transportada na Procissão que consagra a Senhora da Natividade, ou seja a Vida. Cairá, assim, o pano sobre esta contradição.
 
Mas para a história de Vila Cova ficará para sempre esta, ainda que breve, peculiaridade.
 
 
 
 
 
Nuno Espinal

publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 28 Setembro , 2007, 19:10

 

Vai passar pela vida sem uma pontinha de maldade.

Aquela maldade humana geradora de conflitos, de momentos menos gratos.

Que  vida lhe dê muitos mais anos e, se possível for, tantos, ou mais, quantos os que fez hoje: 50 anos. Quem sabe?

É a Maria Susete Domicília Neves.

Os Parabéns do Miradouro.

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Sexta-feira, 28 Setembro , 2007, 01:22
Longe já vão os tempos em que não eram fáceis as mobilidades e daí que os convívios se confinassem aos espaços circunscritos das povoações em que cada um residia.
 
Era assim em Vila Cova, Coja, Barril, Vinhó, Casal de S. João e por aí fora. Mas hoje os tempos são bem diferentes. As deslocações estão facilitadas seja por 10, 20, 30 quilómetros ou mais.
 
Depois é só combinar o local e o automóvel leva a onde preciso for. O que é invariável é que não há convívio que não meta petisco. Surge o grupo que se organiza. De gente de povoações diversas. E pronto: aí está o restaurante que se marca, a regularidade do encontro, o dia certo por semana, afinal vivências desta Beira-Serra.
 
Das tertúlias em que participo, de conversas amigas, sobre simples rotinas de quotidianos da vida, destaco duas.
 
Uma das tertúlias, a da Sexta, marca sempre encontro no Cantinho da Saudade, na Venda do Porco.
 
A outra, a das Quartas, prefere alternar: Ramiro, Lagar e mais ainda. E vem a propósito o último abrigo pantagruélico de acolhimento, gerido por um amigo, o Humberto Cerejeira.
 
Permitam que o recomende: ambiente agradável, requinte quanto baste, cozinha de qualidade.
Em Ervedal da Beira, não longe de Oliveira do Hospital. Nome: Lagar Val dos Amores. Sugestivo, não acham?
 
Referências:
http://www.lagar-val-dos-amores.com
 
Afinal os amigos devem ser ou não para as ocasiões?
 
 
 
 
 
 
Nuno Espinal
Da esquerda para a direita: Alexandre Cerejeira, Eng. Pinheiro, Dr. Cosme, Zé Carvalho, eu próprio, Humbero Cerejeira, Piçarra e Augusto.
Albano Lourenço, Zé Pereira da Fonseca, Armindo, Amadeu, eu próprio, Joaquim Espinal, Carlos

publicado por Miradouro de Vila Cova | Quinta-feira, 27 Setembro , 2007, 02:15

 

 

Há dois tipos de bucho que são bandeiras para a Confraria do Bucho de Arganil: o de Vila Cova e o de Folques. Qual deles o melhor? A maioria parece inclinar as suas preferências para o Bucho de Vila Cova.
Contudo, no seio da Confraria esta questão é tabu. É compreensível que, em prol da harmonia, assim aconteça.
E se gostos são gostos e gostos não se discutem há, todavia, um pequeno pormenor que confere, de momento, ao Bucho de Vila Cova o estatuto de estrela da Companhia, ou melhor, da Confraria. É que o Bucho de Vila Cova é o único que tem a sua fabricação legalizada. E a empresa que o produz, a empresa familiar liderada por Vasco Cruz, merece, por tal, as correspondentes honras e daí que tenha provocado a vinda a Vila Cova de um repórter da TSF.
 
Fruto de um mero acaso, esta vinda do repórter? Nada disso. A Confraria está prestes a cumprir o seu primeiro aniversário de existência e, em comemoração da data, decidiu realizar o seu Segundo Capítulo, reunião que entroniza novos Confrades, no Casino de Estoril a 13 de Outubro. Pretende-se uma maior visibilidade da Confraria e, consequentemente, a promoção do Bucho em área (a Grande Lisboa) em que muitos são os arganilenses empenhados no sector da restauração. Ora, imprescindível para esta promoção é a comunicação social. A campanha começou com a TSF.
 
O repórter, Ricardo Oliveira Duarte, chegou e, claro, foi para o Salgueiral que logo se dirigiu, local onde se localiza a empresa de Vasco Cruz. Observou, ouviu e entrevistou o próprio Vasco Cruz. Depois integrado numa comitiva composta pela Mordoma Mor da Confraria, Drª Fernanda Maria, e outros membros daquela Confraria (Dr. Nuno Gomes, Drª Liliana, Alfredo Lourenço, Rogério Leal, Presidentes das Juntas de Freguesia, respectivamente de Vila Cova e Barril de Alva, e ainda José Carvalho) fez uma passagem pela Casa do Convento onde foi servido um beberete oferecido, em partilha, pela Junta de Freguesia e Srª Dª Natália de Figueiredo.
 
Claro, como não podia deixar de ser foi servido bucho De Vila Cova. Estava divinal, acreditem… 
 
Quanto à reportagem, será difundida por volta do dia 12. Logo que tenhamos informação da data certa informaremos os leitores do Miradouro.
 
 
 
 
 
Nuno Espinal

 

 


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 26 Setembro , 2007, 16:41

A fim de recolher apontamentos sobre o Bucho de Vila Cova, uma equipa de reportagem da TSF desloca-se hoje a Vila Cova.

A reportagem insere-se no âmbito do 2º Capítulo da Confraria do Bucho de Arganil que se realiza em 13 de Outubro no Casino do Estoril.

O Miradouro apresentará, mais logo, um apontamento sobre a presença da TSF em Vila Cova.


publicado por Miradouro de Vila Cova | Quarta-feira, 26 Setembro , 2007, 09:42
In Jornal de Arganil
 
 
FERNANDA DIAS É MORDOMO- MOR DA CONFRARIA GASTRONÓMICA DO BUCHO

A Confraria Gastronómica do Bucho de Arganil vai festejar o seu primeiro aniversário no próximo dia 13 de Outubro. Conversámos com Fernanda Maria Figueiredo Dias, a Mordomo-Mor desta associação que tem demonstrado grande vitalidade.
 
Arganil foi a “terra de férias de Fernanda Dias até que, aos 13 anos, por motivos familiares, nela veio residir vinda de Lisboa”.
 /…/
 Aos quinze anos imediatamente após a morte de seu pai, decide casar. Tem dois filhos e a sua vida ficou para sempre ligada a Arganil.
/…/
Actualmente exerce funções na coordenação da formação do Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil e prepara a tese de Mestrado na área do Poder/Desenvolvimento Local e Políticas Locais.
 
Jornal de Arganil – Como surgiu a Confraria Gastronómica do Bucho de Arganil?
Fernanda Dias – A ideia partiu de um grupo de pessoas, liderado pelo professor José Dias Coimbra, que teve a ideia de criar uma confraria. Foi escolhido o bucho por ser um produto que se identifica com o Concelho. Como é sabido há várias localidades que o fabricam mas o único licenciado e que, por isso, pode ser comercializado é o de Vila Cova. Dado que é um produto endógeno de importância é preciso promovê-lo.
J.A. - A Confraria lidera o processo de licenciamento?
F.D. - Não. A Confraria ajuda do ponto de vista processual dando apoio e informação, para o que conta com outras entidades como seja a ADIBER. É o que se está a fazer neste momento com o Bucho de Folques.
Mas a Confraria está muito para lá do bucho. O que se está a passar é uma chama associativa, regionalista, que está a vir à tona. As pessoas têm sede de associativismo, principalmente os que vivem em Lisboa que vêm na Confraria uma tradição recuperada de associativismo que as liga às origens.
J.A. - Qual é o estatuto da Confraria Gastronómica do Bucho?
F.D. - Somos uma associação cultural incentivada pelo projecto “Revitalizar um Território Rural”. Temos estatutos e objectivos legalmente bem definidos. Cada confrrade paga jóia, quotas, o seu traje e as respectivas deslocações aos eventos. Apesar disso são muitos os interessados. No próximo dia 13 de Outubro vamos realizar o 2º Capítulo, no Casino do Estoril.
J.A. - Por que razão foi escolhido esse espaço?
F.D. - A escolha não foi arbitrária. O nosso objectivo é prestar uma singela homenagem aos empresários da área da restauração ligados a Arganil, que trabalham em Lisboa. Como é sabido foi muita a gente que partiu para a capital e que se afirmou nessa área. Já tivemos reuniões preliminares e vai decorrer outra no dia 8 na Casa da Comarca de Argan,il contando com a forte adesão de profissionais da restauração e similares radicados nesta cidade e com laços a Arganil. Por outro lado, o presidente do Conselho de Administração do Casino do Estoril e o presidente da Aresp estão ligados à região pelo nascimento, e ambos têm dado todo o apoio. Aliás, até ao momento, todos os confrades estão ligados ao Concelho.
Podemos orgulhar-nos de sermos uma jovem associação que, findo um ano, já tem trabalho feito.
J.A. - Que actividades decorreram durante este primeiro ano de existência?
F.D. - Já publicámos dois livros da autoria do confrade António Quaresma Ventura. O primeiro foi na altura do 1º Capítulo, a 14 de Outubro, que serviu para entronizar os primeiros confrades e consolidar a Associação; o segundo saiu na altura da comemoração do centenário da vinda de el-rei D. Carlos a Arganil. Essa foi uma acção temática que considerámos muito interessante até porque contou com a presença do representante da Casa Real, D. Duarte Pio de Bragança. Convém, no entanto, esclarecer que a Confraria não tem qualquer ligação à monarquia, como a não a tem com qualquer sistema ou opção política. A sua identificação é só com Arganil. Quisemos somente aproveitar um momento com cariz histórico, tendo em conta a nossa natureza de associação cultural.
Também temos participado noutras acções sempre que fomos solicitados, como foi o caso em Coja a convite do Presidente da Junta de Freguesia, Sr. Eng. João Oliveira.
J.A. - O que significa ser Mordomo-Mor?
F.D. - Mordomo-Mor é o presidente da direcção e os restantes membros deste orgão são designados por Mordomos. Fui convidada por diversas pessoas que estavam a organizar a lista para os órgãos sociais e que me propuseram o cargo. Pensei bastante antes de decidir... aceitei em nome do associativismo até porque sempre o vivi de perto, o meu pai foi um dos fundadores da Casa da Comarca de Arganil. Ainda hoje me emociono quando entro naquele espaço.
Quanto ao futuro Fernanda Dias não quis adiantar. Com dois anos de mandato pela frente para já as suas energias estão concentradas no evento de 13 de Outubro porque não gosta de passos mal dados e aceita cada desafio como único. Encara a vida como um projecto em constante mutação, com desafios que vão surgindo e que são colocados no seu caminho, como imperativos do destino.
   
Por: Maria da Conceição de Oliveira

publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 25 Setembro , 2007, 22:15

 

A procura de atendimento médico no consultório da Santa Casa tem superado o inicialmente previsto, o que corrobora a iniciativa dos dirigentes da Instituição.
 
Foram prestados 50 atendimentos a 31 usuários, a maioria utentes do Centro de Dia, com mais de 70 anos.
 
A razão de tão elevada procura deve-se, em parte, à confiança e simpatia que o Dr. Francisco Costa, médico contratado pela Santa Casa, desperta nos doentes.
 
As Consultas realizam-se às Quintas–Feiras e estão abertas a utentes do Centro de Dia e do Apoio Domiciliário e ainda a associados e trabalhadores da Santa Casa.

publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 25 Setembro , 2007, 20:47

Intervenção no Forum de Artur Jorge Leitão.

Título: "Voar"


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