Em 1943, através da “Gráfica Moderna de Arganil”, era dada à estampa uma pequena publicação de nome”História Breve da Filarmónica de Vila Cova do Alva”.
Desde então, ao que sei, nunca mais houve qualquer outra publicação, mesmo a mero título de folheto ou brochura, sobre a História da Filarmónica.
É verdade que, durante toda a vida da Filarmónica, que com mais uma dezena de anos fará um século de existência, os jornais concelhios e o saudoso Ecos do Alva foram dando notícias ligadas a acontecimentos que a envolviam. Mas, o avulso destes registos não enforma a ordenação, como é óbvio, necessária para a percepção “fílmica” do caminhar cronológico e sistematização histórica da Filarmónica.
Por outro lado, outros documentos escritos são possíveis de recuperação, desde que o tempo da sua recolha não se estenda, e que serão de grande importância no registo da memória da Flor do Alva.
Ora, com esta consciência, a Drª Palmira Morais lançou a ideia de se partir, sem tardanças, para a elaboração da História da Filarmónica Flor do Alva, desde a sua fundação até aos dias de hoje.
Para tal empresa fez-me o convite de a acompanhar, convite que de algum modo podia recusar, tanto mais que, há uns dois ou três anos, tinha apresentado a mesma proposta a dirigentes, à altura, da Flor do Alva, sem que até hoje qualquer resposta me tivesse sido dada.
Para o projecto se concretizar outros serão os envolvidos. E aos que guardam na memória registos da vida da Filarmónica será dada atenção de relevo.
É que sem memória o passado perde-se. Sem memória a História nunca se fará. Vamos apelar à memória e fazer a História dos quase cem anos da Flor do Alva
Nuno Espinal