É porventura a festa mais popular do concelho. Porque tem todos os ingredientes para o ser. Gente, música, dança e gastronomia, tudo isto de raiz bem genuína.
O espaço onde decorrem as festividades preenche ruas e ruelas entre a Praça da Câmara e a Fonte dos Amandos, e sublima a característica rusticidade de Arganil.
As “tasquinhas” expressam as gastronomias típicas de cada uma das 18 freguesias do Concelho e são ponto de encontro de bons convívios e suculentos paladares.
Vila Cova fez-se representar nos “comes e bebes” da sua “Tasquinha” pela Associação de Moradores de Casal de S. João, que, no dia de ontem, apresentou dois pratos de chamamento, o inevitável bucho de Vila Cova e os apreciados torresmos.
A Flor do Alva lá esteve a representar condignamente a freguesia, subindo ao coreto cerca das onze horas da noite e deleitando os presentes com um mini concerto, diversificado em géneros musicais e arrebatando fortes e merecidos aplausos. De facto, é cada vez maior o regalo com que é ouvida, com a superior direcção musical de Rui Quaresma.
Muitos foram os momentos artísticos da noite, desde filarmónicas a tunas passando por ranchos de folclore, tudo
agrupamentos do concelho. O Rancho Folclórico de Casal de S. João lá esteve, a vincar a força e brio das suas gentes. Com efeito, a demonstração da cultura popular do concelho na sua melhor e mais conseguida expressão.
Por fim um momento inesperado mas que constituiu o fecho a chave de ouro da noite. Passava da uma da manhã e ainda se ouviam as vozes de cantadores ao desafio a toque de concertina. “O amigo de Penacova” é um exímio catedrático nas rimas, no canto, na reposta pronta e graciosa e no toque da concertina. Havemos de o trazer a Vila Cova.
Parabéns a todos os responsáveis por este importante certame de convívio bem popular.
No entanto, alguns reparos.
O som do palco da Praça Simões Dias merece melhor qualidade.
A Filarmónica Flor do Alva e outros agrupamentos que se exibiram no dia da inauguração não merecem repetidas discriminações, perante os representantes de Arganil e Coja, a quem é dado o espaço nobre de exibição, o palco da Praça.
A iluminação do Coreto, onde actuou a Flor do Alva, com uma iluminação deficiente, com os projectores a incidirem de frente nos espectadores e de costas para os músicos, a sombrearem-lhes as pautas de música.
Uma última referência. A inauguração dos “Fonte das Freguesias” na Praça Simões Dias, 18 repuchos a personificarem cada uma das Freguesias do Concelho. O de Vila Cova lá está, em primeiro plano, para quem de frente se posiciona para a frontaria do Edifício da Câmara.
Nuno Espinal