De um Despacho do Presidente da Câmara de Arganil, de 13 de novembro, pode ler-se:
“Autorizo, ao abrigo da alínea b) do número 8 do artigo 28º do Conselho de Ministros, nº 92-A/2020, de 2 de novembro, a continuação da realização da Feira Semanal de Arganil e da abertura do Mercado Municipal, com salvaguarda das condições de segurança e o cumprimento das orientações definidas pela Direção Geral de Saúde.”
Ora, sobre Feiras e particularmente A Feira Semanal de Arganil, partilho nesta página do Miradouro, um sentimento pessoal:
Não me perco, bem pelo contrário, por locais talhados, por excelência e finalidade, para a ação de compras/vendas, sejam grandes ou pequenas superfícies do universo mercantil.
Mas, apesar desta aversão, tenho uma simpatia especial por feiras. E feiras ao jeito, por exemplo, das de Arganil, ou de Coja. Aprecio-lhes o exotismo, a cor, o alarido, o pulsar de gentes, daquela massa típica em que nos revemos enquanto povo.
Mal, contudo, dos feirantes se a gente que as visita se não diferenciassem, na atitude, do que sou. Porque nas feiras não passo de um mero “voyeur” e nada mais.
E por ali me passeio, a deambular, tantas as vezes com o pensamento presente nas memórias.
...Além, na barraca dos queijos, lá vejo a minha avó a mercadejar um puro “serra” ou um requeijão acomodado em folha de couve. Já meu avô entretido no negócio de um sacho ou de uma foice. E, eu feliz da vida, nos meus muitos verdes anos, a soprar numa corneta de folha de lata, prenda divinal saída de uma barraca de quinquilharia.
Nuno Espinal