publicado por Miradouro de Vila Cova | Terça-feira, 06 Junho , 2017, 19:47

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O movimento feminista, na sua dinâmica evolutiva e histórica, almejou, em parte considerável de países de todo o Mundo, desde finais do século XIX e princípios do século XX, com incidência inicial nos Estados Unidos e Inglaterra, diversas alterações sociais em prol das mulheres, através de conquistas proporcionadas por uma abordagem de consciencialização, de instigação, de reivindicação e de mentalização.

Contudo, o feminismo não chega a toda a parte com o mesmo registo de consciencialização e, muito menos, é assumido pela mulher, em cada parte do mundo, com um sentido de militância e mentalização que a catapulte â luta.

Ainda assim, o feminismo, mesmo com gradações distendidas espacialmente, tem marcado a sua influência e hoje são visíveis progressos assinaláveis na libertação da mulher das amarras a que há alguns anos ainda estava sujeita.

Fixemo-nos em Portugal e concretamente em Vila Cova.  As jovens de hoje, em Vila Cova, têm uma atitude, uma personalidade e um “modus vivendi”, enquanto mulheres, muito mais indiscriminado, relativamente ao homem, do que as que tiveram as mulheres há uns sessenta ou cinquenta anos. Avoquem-se à memória esses tempos, por parte dos que os viveram, e reflita-se. Que diferenças consideráveis!

Contudo, muito há ainda a fazer e uma certa mentalidade masculinizada persiste, arreigada por uma socialização que deixou marcas fortes na construção social do “género”.

Há dias coloquei uma questão, numa conversa que envolvia outros três vilacovenses, a propósito da Festa de São João, sobre a razão de existirem “mordomos” e “mordomas” e porque não a fusão num único grupo de todos eles.

A resposta foi unânime: “Que não! Cada grupo com o seu papel. Que as mulheres servem para umas coisas e não têm a capacidade dos homens para outras. Que as mulheres são para a quermesse, para os “comes”, para a venda de umas flores de papel e chega”.

A veemência da resposta deixou-me sem motivação para uma contra-argumentação. E deixou-me ainda uma certeza. Apesar de substanciais diferenças relativas ao passado, a perceção da igualdade de “género” continua longe de uma assunção homogénea, não chegando a toda a parte com o mesmo registo de consciencialização e muito menos sendo, em consequência, assumida pela mulher com um sentido de militância e mentalização que a catapulte à luta, pelo reconhecimento da sua não menoridade perante o homem.

 

 

Nuno Espinal   


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