Há um lastro de odores silvestres
Neste reviver de passados em que florias
Na juventude que partilhávamos
Nos beijos que trocávamos e nas libidos em que apertávamos abraços
Ávidos de aventuras que nos exultavam os corpos e nos transbordavam etereamente.
Hoje, olho pachorrento as águas do Alva,
E os teus cabelos brancos estão espelhados de negro como outrora.
E o meu vigor quebrantado ganha alento
Nos reluzes prateados
Do velho caneiro do Salgueiral.
Nuno Espinal