O Encontro tem já história, em cada Natal, como o da “Malta de Coimbra”. Mas, muitos foram, dos da “Malta”, que vieram de outras paragens: Porto, Lisboa, Santarém, Braga, Sintra, Almada, Vila Nova de Gaia. E ainda bem. Nós, os de Coimbra, somos assim, dizia o Oliveira Alves. E em tom jocoso acrescentava: nós os rurais, abrimos as nossas humildes portas aos citadinos de Lisboa e Porto. Gargalhada geral, claro, ainda que subjacente estivesse uma crítica aos poderes políticos na forma como protegem as duas cidades, em detrimento do resto do País.
O “Encontro” foi um êxito, não fosse Coimbra uma lição. Almoço muito elogiado, éramos ao todo 45, com um divinal prato de míscaros, adoçado, em final, com as nevadas de Penacova, típicas da localidade, como o próprio nome indica, onde se situa o restaurante escolhido para o repasto: o afamado “Côta”.
Depois uma visita, com explicações do António Simões, a um Moinho, na Espinheira, hoje Museu, e que antes foi propriedade de Vitorino Nemésio.
Para o ano haverá mais. E podem já marcar na agenda: dia 2 de dezembro, sábado. Vimieiro? Burgo? A seu tempo se verá. Com novos ingredientes, vai ser um êxito. E nós, os de Coimbra, nós, os rurais, cá estaremos para receber os citadinos de braços abertos. Não fossemos, afinal, todos, sem exceção, deste grupo impar que dá pelo nome de “Grupo da Malta”. E que nunca seja descurado: com Vila Cova de Alva em pano de fundo, claro.
Nuno Espinal